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segunda-feira, julho 18, 2011

Os Vendilhões do Templo


Deus disse: faz todo o bem
Neste mundo, e, se puderes,
Acode a toda a desgraça
E não faças a ninguém
Aquilo que tu não queres
Que, por mal, alguém te faça.

Fazer bem não é só dar
Pão aos que dele carecem
E à caridade o imploram,
É também aliviar
As mágoas dos que padecem,
Dos que sofrem, dos que choram.

E o mundo só pode ser
Menos mau, menos atroz,
Se conseguirmos fazer
Mais p'los outros que por nós.

Quem desmente, por exemplo,
Tudo o que Cristo ensinou.
São os vendilhões do templo
Que do templo Ele expulsou.

E o povo nada conhece...
Obedece ao seu vigário,
Porque julga que obedece
A Cristo — o bom doutrinário.

(António Aleixo, in "Este Livro que Vos Deixo...")

terça-feira, maio 10, 2011

de Pessoa para pessoas


O valor das coisas não está no tempo em que elas duram,
mas na intensidade com que acontecem
Por isso existem momentos inesquecíveis,
coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis

Fernando Pessoa

segunda-feira, maio 09, 2011

Poema disfarçado



Ando por todo o lado,
ruas, avenidas, casas, esplanadas,
quase sempre disfarçado
numa intimidade
que só alguém sente.


Dizem que sou inspiração
e mais ainda construção;


como alternativa
a possível celebração;
vou por a ti adentro,
ainda que perdendo
o alento
entre tanta inutilidade.


Sou a palavra, o verso,
talvez um tumulto fracassado,
suor, veleidade
de mim mesmo.




Bernardete Costa, em "Transpiração"

segunda-feira, abril 18, 2011

data do recital do laboratório de leitura poética



Caros Formandos,
 
Dada a disponibilidade de todos, e devido ao planeamento interno do TCA, altera-se, então, definitivamente a data do Recital do 1.º Laboratório de Leitura Poética para dia 3 de Maio, às 22h00.
 
Obrigada pela compreensão de todos.
 
Saudações Poéticas e Boa Páscoa!
 
Patrícia Vaz
(Produtora Executiva)
Teatro do Campo Alegre
+ 351 22 606 30 17
pvaz@tca-porto.pt 

terça-feira, abril 12, 2011

Filhos são do Mundo (José Saramago)


  Filhos são do mundo (José Saramago)
 

Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autónomos, libertos, até
de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos.
Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto
aquele bebé que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais
acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem
escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios
sofrem pelas escolhas que recomendamos.·
Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de
como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores
defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter
coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém
pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da
incerteza de estar agindo correctamente e do medo de perder algo tão amado.

Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então,
de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito
aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um
tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica,
sociológica, psicológica e emocionalmente.


E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam
retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é
entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!


Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os
filhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não
fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu
coração já é deles.
Santo anjo do Senhor...

É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e
aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que
mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós!!!


"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver " 

José Saramago

sexta-feira, abril 08, 2011

tudo parece parado a olhar-me

envolvo-me  numa margem do riacho
tudo parece parado a olhar-me
a outra margem espera
no encosto de uma ponte
travessia num arco espelhado
tudo parece parado a olhar-me
travessia num arco que não passo
fico, parado, calado
o esboço vai adiantado
o dia também,                  [parou
voltei mais uma vez para ficar
a outra margem espera
tudo parece parado a olhar-me


a rua esteve ali para eu passar


abriu-se o portão ferrugento
da rua um salto, lá do alto, mandou entrar
caminhei em frente   [o portão ficou
aberto para a rua

vi a casa senti o tempo   [tempo de nada
que passou na rua e não disse nada
risquei com riscos de perder
mas não perdi  [ganhei e fiquei a ver

vi árvores, muros e telhados
todos falavam  [o tempo já passou
abriu-se o portão ferrugento
a rua esteve ali para eu passar


segunda-feira, abril 04, 2011

Morre lentamente

Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo. 


Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar. 


Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito, repetindo todos os dias os mesmos trajetos.
Quem não muda de marca, não se arrisca a vestir uma nova cor ou não conversa com quem não conhece.


Morre lentamente
Quem evita uma paixão e seu redemoinho de emoções, justamente as que resgatam o brilho dos olhos e os corações aos tropeços. 


Morre lentamente
Quem não vira a mesa quando está infeliz com seu trabalho ou amor.
Quem não se arrisca ao certo pelo incerto para ir atrás de um sonho.
Quem não se permite, pelo menos, uma vez na vida, fugir dos conselhos sensatos... 


Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
Não se esqueça de ser feliz!


Pablo Neruda

quinta-feira, março 31, 2011

Aprendi que...

"Aprendi que... ninguém é perfeito,
enquanto não te apaixonas.

Aprendi que... a vida é dura,
mas eu sou mais que ela!!

Aprendi que... as oportunidades nunca se perdem,
aquelas que desperdiças... alguém as aproveita!

Aprendi que... quando te importas com rancores e amarguras,
a felicidade vai para outra parte.

Aprendi que... devemos sempre dar palavras boas...
porque amanhã nunca se sabe
as que temos que ouvir.

Aprendi que... um sorriso,
é uma maneira económica de melhorar o teu aspecto.

Aprendi que... não posso escolher como me sinto...
mas posso sempre fazer alguma coisa.

Aprendi que... quando o teu filho, recém-nascido,
segura o teu dedo na sua mão, têm-te preso para toda a vida!

Aprendi que... todos querem viver no cimo da montanha,
mas toda a felicidade está durante a subida.

Aprendi que... temos
que gozar da viagem
e não apenas
pensar na chegada.

Aprendi que...o melhor é
dar conselhos só em duas circunstancias...
quando são pedidos e
quando deles depende a vida.

Aprendi que...quanto
menos tempo se desperdiça...
mais coisas posso fazer."


sexta-feira, março 25, 2011

palavras embebidas de mim





















em contra-luz!


a vida no acontecimento fugaz e perspicaz de um 'segundo'... meditar, não! pensar, também não! agir, sim agir em sintonia, em harmonia com a natureza e deixar acontecer... simplesmente deixar acontecer!

ser feliz é de facto, na minha sensibilidade, uma opção muito pessoal e de contornos limitados, porque não devemos pedir que sejamos felizes, não!
devemos construir essa felicidade de dentro para fora, física e psicologicamente falando, para que tal atitude não se torne um "fardo" mas sim um acontecimento maravilhoso!

esse processo deve ser natural e vivido intensamente e até partilhado com outras pessoas, mas estas que estejam no mesmo "enquadramento" ou alinhamento para que o 'cenário' seja perfeito! 

fico por aqui, desabafo, não! diria, vontade própria...

felicidade sem estatísticas!

termino.

_eu!

aos poetas loucos e convivas de boas risadas!

e como o luis disse:


"(...) o 'negócio' do OUTLET de Poesia é pra andar ou não?
Dava um bom nome de blog, até! Parabéns Antónia!!"





desculpem adiantar-me "assim"!


fui despoletado e cutucada a minha criatividade, por influência do email do luis.


digam-me o que acham.


fiquem bem e sorriam... pois estão a ser observados! :)


beijos e abraço!


_eu!