foi a 25,
o dia primeiro.
um cravo
flor de esperança,
anunciou a primavera,
nas mãos de um capitão
chamado abril.
foi a 25,
o dia primeiro.
soltavam-se as grilhetas
duma aprisionada nação,
que sofria mil agonias.
a liberdade tocou as trombetas.
ouviu-se uma grândola/canção.
abriu-se a porta a novos dias.
foi a 25,
o dia primeiro.
o medo para bem longe fugiu,
as vozes vieram às janelas
e bem alto
em uníssono gritaram:
- liberdade!
- liberdade!
hoje,
trago dentro de mim
um velho cravo
que guardei desde
esse que
foi a 25,
o dia primeiro.
eduardo roseira
Imagem: sapo.pt
Sem comentários:
Enviar um comentário